31/08/10

Crianças gordas podem ser tiradas aos pais

Em artigo do Blasfémias,  ficámos a saber de uma noticia do Público, que anuncia o que diz o Título : crianças gordas podem ficar sem pais.
Podem às crianças gordas retirar pai e mãe !

Para espanto, há gente a favor. O hábito e a falta de oposição nos casos de poder paternal, já leva a que várias pessoas sejam a favor de qlq coisa sem nexo, e por tudo e nada (neste caso, um tratamento impulsivo, era a solução) se retire filhos aos pais.
Entre vários comentário, Cláudio Carvalho , vai longe - Apresenta para um assunto de pais, mães, e filhos, uma visão ultra-ideológica do assunto.  A que damos resposta

Evidente que este é um assunto de Poder PaternalE onde já entra , a estúpida noção de "responsabilidade parental", mas falaremos disso um dia.

Claúdio Carvalho  diz que quem FOR contra esta medida, é porque é de direita. Diz que a esquerda é a favor. Ou seja, os pais e mães de direita são contra esta medida.  Enquanto os pais de esquerda com filhos gordos, são a favor que lhes tirem os filhos.
(para mim podia ser ao contrário)

Resumindo, CC quer dar boa ideia da esquerda, e má da direita, introduzindo a ideologia no assunto.   E como se vê, em 3 linhas, dá-se a volta repondo a verdade, focando o assunto, e quem fica mal vista até acaba por ser a tal esquerda.
 Claudio diz que os pais e mães de esquerda, que tiverem filhos gordos, são a favor que lhes tirem os próprios filhos. Quem sabe, para a casa do gaiato, ou para a casa pia, ou para adopção.

Já tinha pedido para não partidarizarem, nem transformarem estes assuntos em pseudo-ideologias.
Já existe o feminismo radical para isso, que se insere em todas elas.
No entanto, existe sempre essa tentação, por vários motivos.  Desde o hábito de tudo ideologizar, a como que para mostrar ser inteligente, ou intelectual.
Quem quer se mostrar inteligente neste país, tende a colocar a ideologia em tudo. Até em questões como filhos, pais e mães. Como a família - tudo é partidarizado- politizado.

Não obsto a que quer de direita, de esquerda, de cima, de baixo, do lado, se fale disto. Obsto a que se queiram apropriar,  ou acusar,  ideologicamente, partidariamente, quem for a favor ou contra estas ou outras medidas

Conheço pessoas, de todos os partidos, que são contra o que se faz em Poder Paternal, e não é agora que vão mudar isso
Mas todos são precisos, para não deixarem partidarizar, ideologizar (existirá ?), este e outros assuntos
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Resposta original a Carlos Carvalho

 Claudio Carvalho (30 ) quer tenta transformar este assunto, em assunto ideológico, sem saber verdadeiramente do que fala.

Presumo que os casos de Poder Paternal, em que os pais praticamente perdem sempre , também seja uma questão que só importa aos pais de direita. E às crianças de direita.
Os pais de esquerda, esses, andam todos felizes, e devem ser 150.000 (60% de 250.000 ) de os terem proibido de verem os filhos, ou raramente os verem.

(o mesmo se aplicaria, se fosse a direita )

Cláudio Carvalho, que pouco sabe deste assunto, cheio de adjectivos, estas crianças irão ficar mto bem de saúde, ao lhes retirarem Pai e Mãe.
Note-se, como eu tinha dito, que já tiravam filhos a mães, a casais, e mais se seguiria. Como se vê, agora é a casais , e não vindo lá escrito, a mães que tenham a Guarda Exclusiva

Por terem pouco dinheiro, já se pratica. Contaram-me um caso numa zona que visitei.
Agora por serem gordos, e os médicos não os conseguirem curar.
( Os médicos não emagrecem os miudos (as), os culpados são os miudos(as) e os pais.)

E adeus Pais.

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NOTA : Cláudio Carvalho, queixou-se , e fez alguns reparos que para ele são importantes.
Corrigi algumas coisas, e outras por serem extensas, pelo menos por agora, remeto para os comentários, para se ler o que Cláudio diz.
Quem quiser acrescentar algo, é favor. Mas ataques pessoais, quer a Cláudio, quer a mim, serão apagados.


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ADICIONADO :

Já Carlos Fonseca, no blogue Aventar, mostra-se mais preocupado com João Miranda, e com ser de direita, ou esquerda, ou da inglaterra, ou de especialistas, ou de sócrates, que com o assunto em si. Para ele, questões com ideologias - seja para escolher um "lado", seja criticar mas ficando à mesma nas ideologias e assim ficar no "campo" - é o que importa.

Quanto ao assunto, teima , e teima que não é importante. Que não se deve sequer falar disso. Importa sim, a sua opinião sobre Joao Miranda, e é sobre isso que se deve falar.

Depois digam que não tenho razão. Seja para ideologizar, seja para criticar essa ideologização, mas sem sair dela, e sem falar sobre o assunto, é tudo o que temos.
As crianças, os filhos, pais, mães não interessam. As feministas radicais, que grande parte nem sabe o que são ou pensa ser uma brincadeira (imagine-se o desconhecimento, a ignorancia), não interessam.
Nem se deve falar disso, os outros, quanto mais eles. Ehe.
Deve ser medo, aliado a ignorancia do assunto, à mania de não sair da politização, pelos motivos já apontados.
Isto, sem ofensa para Carlos Fonseca, que sobre outros assuntos, puderá ter grandes opiniões, e certamente, sabe falar, se exprimir, etc.
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7 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Eu critico, no referido artigo, a ideologização do tema, você diz que produzo uma visão "ultra-ideológica". Não que visse isso como um ponto negativo, mas mostra o quão confuso está. Quanto aos ataques de carácter, nem lhe vou responder e perde-se a partir do momento que os faz, resultando num artigo que rebate contra si próprio. É pena, perdem-se boas discussões e eu até podia ficar com a ideia que você percebia alguma coisa do tema, o que não me parece de todo o caso, mas espero vir a mudar de ideias.

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  3. Caro CC
    Obrigado pela sua resposta.
    Revi algumas partes do texto, e retirei partes que acho que lhe deram a entender, que o ataquei pessoalmente, ou a nível de caracter.
    Se tiver + alguma coisa, diga.
    Quanto a devido a vc ter dito, eu deixar de perceber do assunto, estar confuso, perder-me, etc, acho que está a ir longe de mais,
    e evidente que não existe relação entre umas coisas e outras.
    Quando passar este ressentimento, que lamento, verá que o artigo, esclarece mtas coisas.
    Irei repeti-lo, sem o seu nome. Apenas lhe respondi, porque me atingiu, e a milhares de pais.
    Um abraço, se quiser

    Já agora, veja os ataques que sofro (e qlq pessoa que tente falar de poder paternal e derivados, neste pais de machistas ), em qlq debate sobre o assunto. Mas sobre o conteudo, raramente me respondem
    Alias, eu respondo sobre conteudos, e neste caso, citei o seu nome vezes de mais, o q lamento.
    O texto foi revisto, mas tenho pouco tempo

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  4. O que penso é que não fica vincado é que não faço qualquer dicotomia maniqueísta esquerda-direita quanto à questão da parentalidade. O que estabeleço é uma dicotomia esquerda-direita, quanto ao facto de ser a direita que está a ideologizar o tema, visto que toma, como pressuposto, que o Estado é uma má instituição e pior que a instituição-família. É completamente diferente do que escrevi e não vejo em que medida quero-me mostrar inteligente ou intelectual, quando este é um tema de sensibilidade social e não de intelectualidade. [A maior intelectualidade ou menor, não me enche o ego, dado a relatividade e indefinibilidade do conceito.]
    Agora, se você diz que o "atingiu" é porque das duas uma: (i) deixou-se apoderar pelas emoções num assunto que exige racionalidade em primeiro lugar; (ii) ou então é porque se revê na crítica da má gestão paternal. Como não acredito na segunda hipótese - e estou a dar-lhe o benefício da dúvida sem o conhecer - acho que acabou por comentar a quente sem procurar analisar melhor o que havia escrito e sem perceber (ou querer perceber) que o facto de você ser, eventualmente, bom pai, não faz de fulano ou sicrano bom pai ou boa mãe. O Estado só lhe tiraria o filho - e muito bem - se você fosse mau pai ao ponto de não fazer nada para o seu filho sair do estado de obesidade mórbida ou de grande efeito. Parece-me curioso como não se admite que se envenene um filho com ferro, mercúrio, ou outro mineral ou tóxico mas que seja "socialmente correcto" "envenenar" o filho com glicose e geralmente, começa logo ao pequeno-almoço, durante todos os 365 dias do ano.

    Cumprimentos.

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  5. Caro Cláudio
    Li a sua resposta, que agradeço, mas falta-me tempo para corrigir, responder-lhe agora.

    Só uma nota. Eu disse que me atingiu a mim, e a milhares de pais. Certamente, não será por nenhum dos 2 motivos que aponta. Será, isso sim, por terem ficado sem os filhos, ou quase, com desculpas mais esfarrapadas que "os filhos terem peso" a mais.
    Se lhe parece estranho, não é.
    Todas as decisões judiciais dizem por norma, que os filhos são entregues às mães, e que o pai pode ver os filhos de 15 em 15 dias.
    Isto, numa razão (dados oficiais) de 94 a 96%

    Actualmente, um terço dos pais-homens, acaba com o tempo, por perder total contacto com os filhos.
    Chamam a isso, "fim do direito de visitas", ou "perca da paternidade" até calcule", a "fim do exercício do poder paternal", a mais modernamente, "fim dos direitos paternais". (Ou "parentais", que a mim me enerva pessoalmente por não ser "um parente qlq", mas Pai. Deve ser paternal, ou maternal. Enfim...)

    Pondo o sistema português comparado, com outros semelhantes (além de eu ter falado com mta gente: policias, juizes, advogados, que me deram relatos, fora os relatos que conheci pessoalmente) dá que actualmente, NAS famílias separadas /divorciadas, 1/3 dos filhos não vê o Pai de todo.

    E como metade dos casamentos e uniões dão em separação ou divórcio temos que :
    em Portugal, 2/6 (33%) dos filhos raramente vêm o pai. E 1/6 (17%) não vê o Pai de todo.

    Em Inglaterra, é uma em cada quatro crianças, que não vê o pai de todo. E cada vez mais mães, e casais.

    E nem um ex-ministro de Blair escapou, mas escapa-me o nome.

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  6. Não podemos dizer que esta medida seria injusta, porque o sistema é injusto em certos casos. Analisemos caso a caso e é por isso que é totalmente justificável, no meu entender, retirar-se uma criança a pais comprovadamente negligentes para com a saúde do próprio filho. Cada caso é um caso.

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  7. Caro Cláudio C
    As questões, ou comentários que faz, são bastante pertinentes. Decisivos mesmo, em mtas situações.
    Tanto que da minha parte, resolvi deixar para posts seguintes, abordar esses assuntos (caso a caso, retirar em caso de serem gordos ou negligentes, etc)
    Irei responder não a si directamente, para não pensar (ou outros(as)) que é pessoal, mas às questões directamente. Evidente que agradeço que o Cláudio responda, coloque questões suas ou não, da mesma forma que fez agora, de maneira a se melhorar conclusões, sejam minhas, suas, de leitores.

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